21 julho 2020

Debate n’A Brasileira do Chiado com o Alcaide de Pontevedra, a cidade galega “sem carros”

Na quinta-feira, dia 23, pelas 18:00, o alcaide de Pontevedra vai estar no café A Brasileira, no Chiado, em Lisboa, para falar sobre mobilidade e dar o exemplo da cidade galega na inovação urbana como cidade sem carros. Miguel Anxo Fernandez Lores estará em Lisboa em exclusivo para este debate. Pioneiro na política de devolução do espaço urbano às pessoas e de diminuição da poluição, há 20 anos na liderança, o alcaide de Pontevedra provou que uma cidade se pode alterar para sempre apenas por ter tido a coragem de tirar todos os carros do centro histórico no ano 2000.

E Lisboa? Está no rumo certo? É também isto que vamos debater, tentando aprender com este caso de sucesso que é hoje seguido em todo o mundo. Miguel Anxo Lores tornou-se uma estrela, dando palestras em todo o mundo para mostrar como uma cidade se pode transformar desta forma e ao mesmo tempo fazer crescer a sua economia.

Este debate, da série que está a discutir Lisboa no pós-covid, é dedicado à letra B da cidade de Lisboa. B- de bicicletas, o meio de transporte que conheceu um enorme crescimento nesta pandemia. Será que o trânsito em Lisboa vai alterar-se para sempre? Poderá Lisboa caminhar para ser uma cidade sem carros?

Além do alcaide de Pontevedra, Miguel Anxo Fernandez Lores, o debate contará com a presença de outros especialistas em mobilidade urbana e interessados e ativistas do tema como Rita Fernandes Ferreira, ativista de bicicletas ou Mário Alves, representante da Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta (Mubi), entre outros.

Debater Lisboa no Chiado
Este é o quarto debate da série «Lisboa de Volta» que A Brasileira do Chiado organiza todas as quintas-feiras desde o início de julho, num total de seis sessões moderadas pela jornalista Catarina Carvalho e onde se aborda o impacto da Covid-19 na cidade.

Muitos convidados passaram já pelas mesas d’A Brasileira para participar nos debates sobre o impacto da Covid na cidade: Fernando Medina, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Ana Jacinto, Secretária Geral da AHRESP, Tanka Sapkota, empresário de restauração, Carlos Moedas, ex-comissário europeu e administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, Rui Miguel Nabeiro, CEO da Delta Cafés ou Adalberto Campos Fernandes – da Escola de Saúde Pública da Nova e ex-ministro da Saúde, Henrique Veiga Fernandes, diretor do laboratório de imunidade do Instituto Champalimaud, ou Margarida Tavares, do Hospital de São João.

Este ciclo de debates mostra a nova vida do café A Brasileira. Usando um acrónimo com as letras da palavra Lisboa, e inspirando-se nelas para os temas L- Lisboa, I-inovação, S-saúde, B-bicicletas, O-olissipo, A-alojamento, os debates acontecem todas as quintas-feiras, das 18h às 19h. O último será no dia 6 de agosto e no final, sairá um manifesto em seis ideias para uma (re)nova(da) cidade a ser divulgado pel’A Brasileira do Chiado.

Debates com restrições
Apesar das restrições de saúde pública, estes debates podem contar com a participação de algum público que para assistir presencialmente terá de inscrever através do envio de um email para geral@abrasileira.pt (A participação é gratuita, mas as vagas são limitadas).Os debates podem ser seguidos através da transmissão em direto na página de Facebook da Brasileira, ou no canal Sapo vídeos.

Um tributo ao passado histórico d’A Brasileira do Chiado
Um dos mais antigos e o mais emblemático café de Lisboa convida-o a entrar e a partilhar o ponto de encontro dos intelectuais de outrora, num espaço centenário que preserva o charme e a elegância originais. Na cidade de Fernando Pessoa, e num tributo ao passado e às muitas histórias que tiveram como palco A Brasileira do Chiado, aqui se retomam as tertúlias num ciclo de eventos abertos à comunidade. Numa homenagem ao seu passado, A Brasileira devolve à cidade a dinâmica cultural, numa homenagem às tertúlias de intelectuais, artistas e escritores que aqui se reuniam no passado.
Debater a cidade. Regressar à cidade. Na Brasileira do Chiado, em julho, um ciclo de debates sobre Lisboa para chegar a um manifesto de seis novas ideias para a cidade depois da pandemia. 
Este é mesmo um debate imperdível, no regresso à vida na cidade e aos eventos culturais n’A Brasileira do Chiado.

Sobre A Brasileira do Chiado
Inaugurada a 19 de novembro de 1905, no Chiado, A Brasileira foi criada por Adriano Telles, um ex-emigrante português no Brasil. Com a liberdade conseguida no período pós-implantação da república em 1910, e pela sua localização privilegiada, A Brasileira do Chiado tornou-se um dos cafés mais concorridos de Lisboa na época e foi o cenário de inúmeras tertúlias intelectuais, artísticas e literárias. Escritores e artistas de renome como Fernando Pessoa ou Almada Negreiros encontravam n’A Brasileira do Chiado a inspiração para conceitos e ideias paradoxais.

Foi na Brasileira do Chiado que nasceu o termo «bica», que seria a abreviatura de “beba isto com açúcar”, um incentivo para tornar o café (uma novidade naquela época), mais agradável para os clientes, enquanto lhes criava o hábito e marcava um ritual.

A Brasileira do Chiado mantém intacta a sua identidade, quer pela especificidade da sua decoração, quer pela simbologia que representa por se encontrar ligada a círculos de intelectuais. Classificada, desde 1997, como imóvel de interesse público, é hoje um dos mais antigos e um dos três únicos cafés de Lisboa que atravessaram todo o século XX e se mantêm abertos. A Brasileira do Chiado é, desde sempre, um espaço verdadeiramente icónico da cidade de Lisboa, granjeando o seu posto de destaque entre os locais mais emblemáticos do Chiado, como um dos mais visitados e fotografados de toda a cidade.

A Brasileira do Chiado é uma marca do Grupo O Valor do Tempo, desde março 2020.

www.abrasileira.pt