objetos com história
- arquitetura e decoração -

Bomba de gasolina Aveery Hardoll
Museu da Cerveja
O boom económico iniciado em 1945 com o fim da Segunda Guerra Mundial, foi um período de expansão e prosperidade sobretudo para os países ocidentais – uma verdadeira era de ouro do capitalismo. As grandes potências estavam determinadas a não repetir os erros da Grande Depressão, a maior crise financeira da História dos Estados Unidos, e o Plano Marshall levado a cabo pelos americanos incidia na reconstrução dos países seus aliados na Europa, nos quais foram injetados milhões de dólares de forma a eliminar barreiras comerciais, modernizar a indústria e impedir a disseminação do comunismo.
Na Europa, os veículos motorizados tinham um grande potencial de exportação e como tal eram uma alavanca importante para ajudar a restaurar a economia abalada pela guerra, arrastando para o sucesso toda uma indústria paralela que gravitava em seu redor. As bombas de combustível multiplicaram-se e foram adornadas com globos luminosos de várias cores e formas, cuja função era a de atrair os condutores enquanto anunciavam marcas de combustível como a National Benzole, Shell, Pratts, Mobil, BP ou Esso.
As bombas da Avery-Hardoll, produzidas na sua fábrica de Surrey, em Inglaterra, asseguravam a distribuição do combustível. Esta marca ganhou uma merecida reputação de qualidade, precisão e fiabilidade ao incorporar um visor com tambores rotativos que indicavam os litros consumidos, o preço por litro e o custo total, tendo sido pioneira ao integrar a zeragem automática, característica única das bombas Avery-Hardoll, de que este modelo AH. 301 dos anos 1950 é um exemplar. O braço radial permitia que o manípulo de abastecimento rodasse num círculo completo, facilitando o seu manuseio. Terão sido, certamente, um elemento importante para que a distribuição da cerveja se fizesse de forma mais rápida e capilar, tornando-a acessível a todos.