O atual portfólio da Hobart inclui uma oferta alargada de equipamentos para cozinha, mas a sua história recua no tempo até 1897, com Clarence Charles Hobart (1854-1932), um homem multitalentoso e empreendedor que era fascinado pelo trabalho de Thomas Edison. Depois de um começo atribulado que lhe destruiu a fábrica de geradores de eletricidade no Ohio, EUA, Hobart optou por produzir dínamos de corrente contínua, mas a crescente popularidade da eletricidade de corrente alternada fez o seu mercado encolher. Para suportar os tempos de mudança, Hobart contactou comerciantes de café e começou a equipar com motores elétricos os seus moinhos até então operados manualmente. O primeiro moinho de café elétrico do mundo foi produzido na sua fábrica, uma inovação que viria a desencadear uma revolução em equipamentos de cozinha.

Em 1915, quis o acaso que Hobart observasse um padeiro exausto que misturava massa de pão com uma colher de metal, o que lhe deu a ideia de criar a misturadora A-80 para uso industrial. Daí para a KitchenAid em 1919, a máquina de lavar louça em 1928, a balança de cozinha em 1934, a serra de carne em 1946 e a picadora de carne em 1953, a empresa continua, ainda hoje, a criar produtos para melhorar a forma como a restauração e o retalho atendem os seus clientes, usando a inovação para garantir a sua liderança no mercado.

Com números de série 739025 e 1228498, os dois moinhos Hobart modelos 2020 e E2120 que moem o café na Casa Pereira da Conceição datam de 1941 e 1957, respetivamente, carregando o peso da história da marca e dos grãos de café. É deles que diariamente emana o aroma inconfundível e convidativo do café acabado de moer, de combinações de lotes de S. Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Angola, Timor, Colômbia e Brasil, sempre personalizados e bem ao gosto dos clientes, para quem o som da máquina é já uma harmoniosa melodia.